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ZH: Nosso leite é seguro

CAMPO E LAVOURA | ZERO HORA | PÁGINA 02
A produção de leite do Rio Grande do Sul cresceu quase o dobro da nacional nos últimos 10 anos. Uma cadeia que movimentou R$ 8,3 bilhões em 2014 e mobiliza mais de 120 mil famílias. São números impressionantes e que colocam o médico veterinário cada vez mais presente à mesa do consumidor.

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É esse profissional que acompanha a cadeia leiteira desde a escolha de reprodutores, para a excelência genética, passando por instruir o correto manejo nas propriedades até a orientação sobre boas práticas no ponto de venda. Isso tudo sem falar na fiscalização que ocorre ao longo de toda a cadeia produtiva.

O leite é um alimento importante na dieta humana. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão de 220 litros por habitante a cada ano. No Brasil, a média é de 178. Pelo bem da saúde da população, há espaço para crescer.

Por isso, é indispensável que o consumidor entenda que a fiscalização desse produto é rigorosíssima no Rio Grande do Sul – muito mais do que em outros Estados. E, além da verificação oficial, as empresas também procuram examinar e comprovar a inocuidade do produto antes de chegar ao ponto de venda.

Apoiamos o trabalho realizado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, que tem o apoio de médicos veterinários e fiscais do Ministério da Agricultura nas operações que desbaratam quadrilhas e denunciam suspeitos. Esses fatos – isolados –, que vêm sendo apurados pelos órgãos de repressão ao crime, são graves e merecem toda a atenção das autoridades.

Entretanto, é injusto colocar todo o leite produzido no Estado na vala comum, como se toda a produção, de quase 5 bilhões de litros por ano, fosse de baixa qualidade. Dizer que o leite gaúcho é ruim por conta de denúncias e fraudes detectadas é, no mínimo, irresponsável. Temos produtores sérios, comprometidos com a sanidade do rebanho e do produto. Temos indústrias de ponta, que se preocupam com sua imagem e com a saúde da população. E temos uma fiscalização atuante, correta e engajada no cumprimento da lei. E, em todos esses elos, está o médico veterinário.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária tem por missão atuar na orientação e na fiscalização da atividade profissional. Nosso foco é valorizar os bons profissionais, garantindo que possam trabalhar com segurança e reconhecimento. Quem sai dessa linha de correção e dignidade sofre as consequências legais.

Por isso, podemos dizer que o trabalho do médico veterinário na cadeia leiteira do Estado é imprescindível, fundamental e desenvolvido com ética e responsabilidade.
RODRIGO LORENZONI* | *PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO RIO GRANDE DO SUL