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JC: Produtores de leite querem investimento em sanidade

ECONOMIA | JORNAL DO COMÉRCIO | PÁGINA 10

A chuva afastou os visitantes do primeiro dia da 38ª edição da Expoleite, que acontece concomitantemente com a 11ª Feira Nacional de Agronegócio do Sul (Fenasul), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Mesmo assim, os produtores aproveitam o evento para discutir, entre outras questões, o avanço na sanidade animal e a escassez de mão de obra no campo. Nesse sentido, na quinta-feira, os produtores poderão conferir palestras sobre o Programa Nacional de Controle de Tuberculose e Brucelose e a respeito da implantação do Programa Alimentos Seguros (PAS) do leite.

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De acordo com o superintendente técnico da Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Lucas Eduardo Tomasi, o controle da sanidade deve ser a prioridade do setor. “Doenças como brucelose e tuberculose causam muitos abortos e descarte de animais, aumentando os custos do produtor”, lamenta. Na visão de Tomasi, no que se refere às doenças infectocontagiosas, o ideal seria que as propriedades fossem testadas ao menos uma vez por ano. “Para abrir novos mercados, principalmente internacionais, é preciso investir primeiro em sanidade, o que afeta na qualidade do leite e no volume de produção”, destaca. Além da sanidade, outra preocupação da cadeia leiteira gaúcha presente na Fenasul é a escassez de mão de obra no campo. A maioria dos 134 mil produtores gaúchos trabalha em um sistema de caráter familiar e, quando necessário, não encontra profissionais qualificados ou dispostos a seguir o trabalho de rotina diária exigido pela ordenha. “Com a mão de obra mais cara e pouco qualificada, a tecnologia também está começando a entrar nas propriedades do Rio Grande do Sul com o sistema de ordenha robotizada”, completa Tomasi.