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CP: RS e SC esperam novos mercados para suínos

RURAL | CORREIO DO POVO | PÁGINA 14

Novas perspectivas de mercado se abrem para a carne suína gaúcha com a certificação de área livre
da peste suína clássica, que será recebida hoje, em Paris, pelo governador José Ivo Sartori durante
a assembleia da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Além do Rio Grande do Sul, o mesmo certificado será entregue para Santa Catarina. É a primeira vez que a OIE reconhece zonas e países livres da doença.

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Uma comitiva de autoridades gaúchas acompanha a assembleia na França. “É mais uma garantia de qualidade que estamos dando para os consumidores, tanto do Brasil quanto do mundo inteiro”, acredita o vice-presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Mauro Gobbi. A expectativa é que o trabalho feito pelos dois estados para a erradicação da doença seja revertido em novos negócios — embora seja difícil medir o impacto em números, comenta.

México, Coreia do Sul e África do Sul estão entre os mercados que, segundo o presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, podem voltar as atenções para a carne suína gaúcha e catarinense. “Vamos ter resultado imediato”, aposta, colocando a peste suína no mesmo patamar da febre aftosa, para bovinos, e
da gripe aviária, para o mercado de aves. Turra acredita que os primeiros reflexos possam ser percebidos já pela missão da ABPA que está no México desde terça-feira. Conforme o executivo, outros estados brasileiros já estão pleiteando a mesma certificação. Entre os mais adiantados estão Paraná, Minas
Gerais e Goiás. De acordo com Turra, a retirada da vacinação contra a febre aftosa é apontada como o
próximo passo para abrir mercados mais exigentes, como o Japão, por exemplo. Isso porque o
suíno é uma espécie suscetível, mas não portadora da doença.

Embora não seja vacinado, sofre as mesmas restrições do mercado de carnes. O último caso de peste suína clássica registrado no Rio Grande do Sul foi em 1991. A partir de então, entidades do setor
criaram um fundo privado para suspender a vacinação e garantir a indenização de criadores, caso houvesse incidência. A última etapa de vacinação ocorreu em 1992. Rio Grande do Sul e Santa Catarina respondem por cerca de 60% das exportações.