ARTIGO | JORNAL DO COMÉRCIO | PÁGINA 4
*Rodrigo Lorenzoni
A divulgação dos dados do IBGE sobre a importância dos animais de estimação para os brasileiros aponta uma tendência que nós, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul, já constatamos na prática há algum tempo. Os pets fazem parte da rotina, da vida, do afeto e do orçamento da maioria da população do País. À medida que as cidades passaram a ter menos pátios e mais apartamentos, os animais se aproximaram dos seres humanos. E a proximidade física traz intensidade nas relações. Sente-se falta, acostuma-se com o barulho, com a “bagunça” e, especialmente, preocupa-se com as doenças.
Nunca antes os brasileiros gastaram tanto para garantir a saúde e o bem-estar dos animais de estimação. Para os médicos veterinários, desafio e oportunidade. Era preciso evoluir para atender a esse mercado sedento por novidades, produtos e serviços com especialização e valor agregado. E foi o que fizemos. Hoje, os pets têm à disposição cardápios gourmet, rações balanceadas e segmentadas por raça, porte e idade. Grandes laboratórios de medicamentos humanos têm um segmento de pesquisa de produtos veterinários. Antes, os animais de estimação contavam com grandes generalistas. Agora existem dermatologistas, oftalmologistas e ortopedistas e muito mais.
*Presidente do CRMV-RS