Facebook
Contato: (51) 99322.7144
thais@thaisdavila.com.br

CP: Ministra projeta país sem vacina até 2025

RURAL | CORREIO DO POVO | PÁGINA 10

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, anunciou ontem que a expectativa do governo federal é de que o
Brasil seja área livre de aftosa sem vacinação até 2025. A meta foi apresentada durante seminário
sobre perspectivas para o agronegócio, em São Paulo. Antes, porém, ela espera que até o final de 2015 todos os estados sejam reconhecidos pelo governo federal como livres da doença, mesmo com vacinação. Amazonas, Roraima e Amapá não possuem o status sanitário. A intenção do governo é de, em 2016,
solicitar à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) o reconhecimento internacional. Em todo
o Brasil, apenas Santa Catarina é zona livre sem vacinação.

Clique aqui para acessar a matéria na página.

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, disse ser favorável. “Precisamos ter na linha do horizonte
esta elevação de status sanitário”, disse, lembrando que o Rio Grande do Sul está em um estágio avançado em relação à estados de outras regiões. A expectativa de Polo é que seja possível alcançar o status de estado livre de aftosa sem vacinação em, no máximo, cinco anos. Para o presidente do Fundesa,
Rogério Kerber, a projeção é ousada. “Quando se fala em país livre de aftosa sem vacinação, é um desafio bem expressivo”, avalia ele, referindo-se principalmente às exigências da OIE. Kerber destaca que algumas regiões, como Norte e Nordeste, ainda têm grandes dificuldades sanitárias mesmo com estados
livres da doença com vacinação pois têm sistemas de defesa bastante reduzidos. Entre os problemas está a produção de carne em escala bem menor e o trânsito não organizado de animais.

“Respeitosamente, é um abismo”, define Kerber, lembrando que alcançar o status vai depender ainda de investimentos. Já o 1ª vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, a meta da ministra é extremamente audaciosa. “Acho muito duvidoso que se consiga”, afirmou, mencionando o amplo território brasileiro
e a falta de segurança sanitária principalmente nas fronteiras. “Não tem controle, o Brasil é uma peneira. O que nos dá segurança é a vacinação”, definiu.