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5/9/2015 – A HORA: Greve de inspetores afeta abate de gado

CIDADES | A HORA | PÁGINA 7

Cerca de 500 servidores grevistas aproveitaram a abertura oficial da Expointer para protestar contra o parcelamento dos salários e as medidas de contenção adotadas pelo governador Sartori. O protesto teve presença maciça dos inspetores veterinários do Estado, responsáveis pelo controle de entrada e saída dos animais da exposição. A categoria ameaçou impedir a realização do evento, mas decidiu manter o trabalho na feira em horários restritos.

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Por volta do meio-dia, eles organizaram um churrasco em protesto ao parcelamento, no qual foram assados cinco quilos de pés de galinha. Conforme o presidente da associação dos trabalhadores, Antonio Augusto Medeiros, o ato demonstra o descontentamento com os valores depositados pelo governo. “O tipo de carne que conseguimos comprar demonstra a gravidade da situação.” A paralisação dos fiscais não inviabiliza a Expointer, mas afeta a atividade dos frigoríficos gaúchos.

De acordo com o Sindicato da Indústria da Carne, mais de cinco mil bovinos deixam de ser abatidos por dia devido à ausência de autorizações para corte e transporte. Desde o dia 31, as indústrias não obtêm liberação para o trânsito dos animais entre as propriedades e os abatedouros. A categoria se reuniu no início da noite de sexta-feira para definir sobre o prolongamento da greve. Até o fechamento da edição, os trabalhadores não haviam decidido se retomam as atividades na terça-feira, 8.

Escolas retomam atividades

Apesar da indicação do Cpers de manter a paralisação até a próxima sexta-feira, dia 11, parte das escolas do Vale retomou as aulas. No dia 4, os colégios Moisés Cândido Veloso, Carlos Fett Filho, Fernandes Vieira, Manuel Bandeira e Érico Veríssimo, em Lajeado, e Nicolau Müssnic, em Estrela, tiveram aulas normais. Na escola Castelo Branco, a maior da região, quatro professores fizeram greve e os alunos que teriam aula com eles foram dispensados. Nas demais turmas, as atividades seguiram normalmente. Entre terça e quinta-feira, as aulas seguem normalmente. Durante a semana, os educadores se reúnem para decidir se fazem nova paralisação no dia 11.

Coordenador do 8º Núcleo Cpers, Oséias Souza de Freitas, afirma que o sindicato não contabilizou quais instituições mantêm a paralisação. “A orientação do conselho do Cpers é para seguir em greve até a próxima sexta-feira, quando ocorre assembleia que definirá os próximos passos da mobilização.”

Segurança pública

A paralisação dos servidores da polícia civil encerrou na meia-noite de sexta-feira, 4, para sábado, 5. Durante o feriadão, o serviço na Delegacia de Pronto Atendimento será normalizado. A partir de terça-feira, 8, os delegados avaliam a possibilidade de manter uma operação padrão, restringindo novamente os atendimentos. O sindicato dos trabalhadores da Susepe (Amapergs) realiza operação padrão no feriado. Os agentes penitenciários também se re- únem na terça-feira para decidir sobre a manutenção da greve. As associações que representam a BM prometem continuar com bloqueios aos batalhões na próxima semana. De acordo com o presidente da Abamf, Leonel Lucas, a corporação pode boicotar os desfiles de 20 de setembro.

Paralisação suspensa

Em reunião na tarde de sexta-feira, 4, os servidores do Estado decidiram suspender as paralisações até a próxima terça-feira, 8. Na data, ocorre nova assembleia unificada para decidir a continuidade do movimento grevista. Diversas mobilizações na Assembleia Legislativa estão previstas para a pró- xima semana. O objetivo é pressionar os deputados a rejeitarem os projetos de ajuste fiscal do governo. Entre eles, estão o PL 206, que congela gastos pelos próximos três anos, e a proposta que aumenta a alíquota do ICMS. Oséias de Freitas C