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JC: Confirmação de dois casos de mormo na Fronteira-Oeste preocupa

ECONOMIA | JORNAL DO COMÉRCIO | PÁGINA

A confirmação do episódios de mormo na Fronteira-Oeste do Estado preocupa o Sindicato dos Médicos Veterinários (Simvet-RS). A doença é altamente contagiosa e pode também atingir os humanos, já que se trata de uma zoonose. A mais recente foi descoberta em uma égua, na localidade de Pedreiras, em Alegrete. A confirmação ocorreu no sábado, dia 19.

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A presidente do Simvet-RS, Angélica Zollin, afirma que além dos prejuízos que o mormo acarreta, existe a possibilidade de mais animais virem a apresentar sintomas da doença, embora não obrigatoriamente isso aconteça. Segundo a dirigente, de acordo com informações da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado, nenhum outro cavalo tem suspeita de mormo na região. “Não existe ainda uma posição se outros animais serão testados”, observa Angélica.

O mormo é uma doença infecciosa com sintomatologia respiratória e que não tem tratamento. Conforme Angélica, mesmo que um primeiro exame tenha dado negativo, é preciso fazer um segundo exame confirmatório. O animal infectado precisa ser sacrificado porque a doença pode atingir todos os equinos que tem na propriedade. A transmissão ocorre através do contato com material infectante, como as secreções do animal, comedouros e bebedouros, além de outros equipamentos como, por exemplo, o fômites.

Ontem, a Secretaria da Agricultura do Estado emitiu nota técnica sobre o caso. Afirmou que no dia 19 foram confirmados dois focos da doença – em Alegrete e Uruguaiana – em propriedades já interditadas desde 3 de agosto e 28 de julho, respectivamente, em função de resultados positivos no teste de triagem. “Como as propriedades já se encontravam interditadas com os equinos suspeitos isolados, as medidas que serão adotadas, além das já citadas, serão o sacrifício dos animais positivos e realização de dois testes em todos os equídeos das propriedades com intervalo de 45 dias entre os testes para saneamento”, diz a nota assinada por Gustavo Nogueira Diehl, do Programa de Sanidade de Equinos da Secretaria da Agricultura.

O documento informa ainda que propriedades vínculo, focos e suspeitas encontram-se interditadas e estão sob vigilância contí- nua do Serviço Veterinário Oficial até que se encerrem os procedimentos de saneamento.