JORNAL DA MANHÃ | PONTO DE VISTA | PÁGINA 6
Em relação a vacinação contra a febre aftosa, o que pode destacar?
Foi realizada a conclusão da etapa de maio da vacinação contra a febre aftosa. A expectativa que se tem, é que dentro de uma normalidade do transcorrer do trabalho, que tenhamos alcançado um índice vacinal expressivo. É importante, uma vez que o setor de produção vem mantendo a vacinação, contribuindo em manter afastado qualquer risco de um evento sanitário no território gaúcho.
A diminuição do número de doses gratuitas pode ter impactado a procura?
Não temos conhecimento de que isso tenha sido motivo de que eventualmente alguém não tenha procurado as vacinas gratuitas. Temos que compreender que o RS é o único Estado brasileiro que vinha fornecendo ou doando vacinas ao longo de um bom tempo. Evidentemente, é compreensível que a situação mudou, há uma necessidade importante e escassez de recursos, que se revisse esse posicionamento transmitido pelo poder público. Independente de qualquer situação, é obrigação de quem produz, cumprirmos com a nossa obrigação de vacinar os animais da melhor forma. Aquele que não realiza isso, compromete o esforço do seu vizinho que cumpriu com a sua obrigação.
O fato de o Brasil ser reconhecido como área livre peste suína, pode melhorar a situação de exportação?
A questão de reconhecimento do Estado como área livre de peste suína clássica, ocorrido em 2015 para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, não alterou o quadro para a carne suína, nem facilitou ou ampliou o mercado. Até porque o reconhecimento de área foi internacional, mas os Estados já vinham sendo reconhecidos nacionalmente. O segundo ponto a ser considerado é que o RS tem a condição do Estado livre de febre aftosa com vacinação, e isso nos retira a condição de se apresentar nos principais mercados internacionais, principalmente aqueles países que exigem que as suas importações sejam de uma área ou Estado livre de febre aftosa sem vacinação.