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CP: EUA volta a comprar carne bovina do Brasil

RURAL | CORREIO DO POVO | PÁGINA 8

O governo dos Estados Unidos liberou, ontem, a entrada de carne bovina brasileira in natura em seu mercado interno. A decisão, segundo o Ministério da Agricultura, permite que 14 estados brasileiros livres de febre aftosa com vacinação habilitem-se à exporta- ção, entre eles o Rio Grande do Sul. De acordo com a ministra Kátia Abreu, a abertura representa uma “senha” que poderá facilitar outras parcerias. A meta é conquistar, em até cinco anos, o embarque de pelo menos 100 mil toneladas/ano de carne bovina para os EUA.

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O Rio Grande do Sul conta, hoje, com quatro plantas que já vendem para o exterior. Contudo, o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, acredita que, por se tratar de um novo mercado, as plantas tenham de passar por nova vistoria técnica, brasileira e norte-americana. “Pela qualidade do nosso rebanho, que é similar ao do Uruguai, de quem eles já são compradores, a tendência é que ganhemos preferência em relação aos demais estados do país”, comentou. “Esperamos que isso estimule o nosso pecuarista a produzir mais, já que hoje não é suficiente.” Por já possuírem habilitação de exportação, o dirigente acredita que a planta do Frigorífico Silva, de Santa Maria, e as unidades da Marfrig em Alegrete, Bagé e São Gabriel sejam as indústrias com mais chances.

Presidente da Abiec, Antonio Camardelli disse que entrar no mercado norte-americano é como acertar na Mega Sena. “Tem um diferencial de credibilidade em relação aos demais mercados. E esse diferencial, tenho certeza, vai nos ajudar a entrar nos demais países do Nafta e no Japão, que é a nossa próxima missão”, afirmou. Ainda de acordo com o executivo, a carne brasileira será utilizada como matéria-prima para a produção de hambúrger. Por conter menos gordura, o gado do Centro-Oeste desponta, segundo ele, como o alvo preferencial dos primeiros embarques, que devem ocorrer até o fim de agosto.

Para o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, o ingresso no mercado norte-americano é uma oportunidade de valorizar a carne bovina brasileira.