GISELE LOBLEIN | ZERO HORA | PÁGINA 17
Há mais de uma década dedicando esforços para desfazer mitos em torno da carne suína, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) ficou decepcionada com a campanha criada pela prefeitura de Imbé para deixar a cidade mais limpa – publicada na coluna Informe Especial no último domingo. Ao usar a imagem de um animal e a expressão Ajude-nos, Denuncie os Porcalhões, a iniciativa contribuiu para disseminar um conceito ultrapassado, entende o presidente da ABS, Marcelo Lopes:
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– A figura usada foi muito equivocada. O animal não pode ser associado à sujeira. O Brasil exporta carne suína para o Japão, um dos países mais exigentes em relação à sanidade.
A fama em torno do animal, segundo a ABCS, se deve ao fato de que, até meados da década de 1950, se destinava à produção de banha, com o consumo da carne ficando em segundo plano.
Essa realidade se transformou ao longo dos anos. As granjas do país são referência em tecnologia e sanidade. O Brasil é hoje o quarto maior produtor e exportador de suínos – sendo o Rio Grande do Sul o segundo maior produtor nacional, atrás de Santa Catarina.
O trabalho de excelência desenvolvido por esses dois Estados na área de sanidade está rendendo o certificado internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de zona livre de peste suína clássica, sem vacinação.