Gisele Loblein | Zero Hora | Página 17
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Resultado do esforço empenhado por iniciativa pública e privada, a certificação que o Rio Grande do Sul irá receber na próxima semana da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), de zona livre de peste suína clássica, se converterá em credencial para o mercado global. E deve ajudar o Rio Grande do Sul a ganhar mais espaço nas exportações brasileiras – hoje, é o segundo no ranking, atrás de Santa Catarina. A cerimônia de entrega faz parte do roteiro que o governador José Ivo Sartori irá cumprir na Europa a partir da próxima segunda-feira.
Os catarinenses, aliás, estarão ao lado dos gaúchos para receber o reconhecimento internacional. Serão os dois únicos do país a ter a certificação da OIE. Nacionalmente, o Brasil reconhece 15 Estados e o Distrito Federal como zona livre.
– Os compradores internacionais devem olhar de forma diferente para a produção desses dois Estados – entende Rogério Kerber, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), sobre o status a ser concedido pela organização internacional.
Ao lado dos órgãos oficiais, a entidade, que é privada, desenvolveu trabalho para alcançar a condição de zona livre. O último caso da doença no Rio Grande do Sul foi em 1991.
A certificação só não ajuda a escancarar para o Rio Grande do Sul portas fechadas por outros motivos. Países como Japão e Estados Unidos, por exemplo, adotam como critério outra certificação: a de zona livre da febre aftosa, sem vacinação. A condição é atendida atualmente apenas por Santa Catarina.
Juntos, Rio Grande do Sul e Santa Catarina respondem por 70% dos embarques de carne suína brasileira. Em solo gaúcho, a cadeia movimentou mais de US$ 13 bilhões no ano passado, quando foram embarcadas 118 mil toneladas de carne suína.