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ZH: Passaporte à carne suína

ECONOMIA CAMPO E LAVOURA | ZERO HORA | PÁGINA 26

O palco do auditório principal da Maison de la Chimie, em Paris, se transformou em festa brasileira quando a locutora da cerimônia de entrega dos certificados de zona livre de peste suína clássica pronunciou “Brésil” e chamou Rio Grande do Sul e Santa Catarina para receberem a declaração.

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Pela esquerda entrou a delegação gaúcha, liderada pelo governador José Ivo Sartori. Pela direita, a catarinense, comandada pelo vice-governador Eduardo Pinho Moreira. E o palco se encheu, surpreendendo os participantes de todos os continentes que tinham visto o certificado ser entregue a um solitário representante de cada um dos primeiros chamados – Austrália, Áustria e Botsuana.

Mais que depressa, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, sacou uma bandeira do Rio Grande do Sul e outra do Brasil para colorir a imagem dos homens de terno escuro que aplaudiam o título, conquistado graças à excelência do trabalho das equipes envolvidas com a sanidade animal e da cadeia da suinocultura. Foi apenas um minuto no palco. O grupo não esperou para saudar os países seguintes.

Gaúchos e catarinenses desceram as escadas às pressas para celebrar a conquista no hall de entrada da Maison de la Chimie, tirando fotos, ora com a bandeira do Rio Grande do Sul, ora sem. Como só havia o original, o certificado passava de mão em mão.

Minutos depois, foram impressas cópias e cada um levou o “troféu” para sua região. Os deputados dos dois Estados se esmeravam para aparecer nas fotos ao lado do governador gaúcho e do vice catarinense e, assim, garantir uma ilustração para as redes sociais e para os relatórios que precisam fazer no retorno das viagens internacionais.

RECONHECIMENTO À EQUIPE TÉCNICA

Ex-secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi (PT) posou ao lado de Sartori e de Polo. Foi citado pelo governador, que elogiou o trabalho do governo anterior na área de sanidade animal – o certificado é resultado de vários anos de esforços.

O Rio Grande do Sul não registra casos de peste suína desde 1991. Polo dedicou o título aos funcionários da Secretaria da Agricultura e citou a técnica Ildara Vargas, que há três décadas trabalha no setor e acompanhou passo a passo a evolução até a conquista do título ontem entregue pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

– Todo mundo exige melhor sanidade e tenho certeza de que, para os produtores de suínos e para a economia do Estado do Rio Grande do Sul, isso é muito importante – afirmou Sartori.

Os envolvidos com a cadeia da suinocultura são unânimes em afirmar que a certificação se converterá em credencial para o mercado global e deve ajudar a consolidar o espaço já conquistado, ampliando as exportações. Hoje, o Estado é segundo maior produtor e exportador do país. Perde apenas para Santa Catarina, que está um passo à frente porque tem também o certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação e, por isso, consegue vender para mercados como EUA e Japão.