Facebook
Contato: (51) 99322.7144
thais@thaisdavila.com.br

ZH: O mapa da produção de leite no Estado

GISELE LOBLEIN | ZERO HORA | PÁGINA 27

Com o desafio de fazer um raio X da produção de leite nos 497 municípios do Estado, o censo que será apresentado hoje na 38ª Expoleite e 11ª Fenasul servirá como ponto de partida para organizar ações do setor. E traz dados inéditos.

Clique aqui para acessar a matéria na página.

O mapeamento apontou, por exemplo, que o número de produtores é superior aos 130 mil estimados até então. Conforme a pesquisa, o Rio Grande do Sul tem hoje 199 mil pessoas envolvidas na atividade. Desse total, 85 mil vendem o alimento para a indústria. O restante tem a produção destinada à fabricação de derivados lácteos na propriedade, à venda direta e ao consumo próprio.

Outra informação relevante: 95% da produção de leite vem da agricultura familiar.

Um dos grandes méritos da pesquisa, coordenada pelo Instituto Gaúcho do Leite e feita em parceria com Emater, Famurs, Fetag-RS e Fetraf-RS, será apontar uma estratificação dos produtores conforme finalidade e quantidade produzida. Dos 85 mil agricultores que entregam leite à indústria, 45% têm produção diária entre zero e cem litros. Estão em uma faixa considerada problemática diante das atuais exigências do mercado – empresas têm deixado de fazer recolhimento alimento em locais onde o volume é reduzido.

A habilitação de produtores para que fiquem na atividade certamente será um dos focos de ações do setor e um dos assuntos discutidos na audiência pública da Assembleia Legislativa que ocorre hoje na feira.

– Ou o produtor busca crescimento para se tornar viável, ou acaba saindo do mercado – pondera Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Estado.

A indefinição quanto a recursos e taxas de juro do crédito agrícola do próximo Plano Safra – a ser anunciado na semana que vem – preocupam justamente porque para crescer e se ajustar o produtor precisa fazer investimentos.

NEGÓCIOS EM PISTA

Virá da pista da 13ª Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas e 4ª Feira de Ventres da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) o principal resultado financeiro dos negócios na 38ª Expoleite e 11ª Fenasul.

Ao todo, 910 animais das raças angus, hereford e braford foram colocados à venda no tradicional remate. Com pista limpa, o faturamento somou R$ 1,26 milhão. O preço médio do quilo do terneiro ficou em R$ 6,20.

– É uma feira consolidada, que cresce em quantidade e qualidade de animais – pontua Francisco Schardong, presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul.

Os cinco primeiros lotes, com 50 novilhas, foram arrematados pelo proprietário da Fazenda Capão do Muniz, de São Francisco de Paula, pelo valor de R$ 120 mil.

No ano passado, o remate teve 834 animais, terminando com pista limpa e faturamento de R$ 801,73 mil. O preço médio do quilo ficou em R$ 5,52. O valor acima dos R$ 6 obtido neste ano acompanha a valorização do boi gordo.

– É um momento de valorização da pecuária. O avanço da soja está fazendo os criadores aperfeiçoarem os campos – avalia Schardong.