CAMPO ABERTO | ZERO HORA | PÁGINA 21
A paralisação dos fiscais federais agropecuários completa hoje duas semanas. À medida que o tempo passa, cresce o número de empresas, sobretudo de proteína animal, que têm recorrido à Justiça em busca de liminares que garantam o embarque da produção. A carga tem ficado parada nas fronteiras e portos, e a capacidade de estocagem nas fábricas também está no limite.
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– Estamos em uma situação bem desconfortável. Perdeu-se o ritmo dos embarques. O certo é que já temos prejuízos com logística contratada e não utilizada de caminhões e navios – afirma Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado.
Hoje, em nova reunião, comissão – criada pela Frente Parlamentar da Agropecuária para intermediar as negociações com governo – e fiscais devem se reunir com Sérgio Mendonça, secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento.
– Queremos ver se resolvemos esse assunto amanhã (hoje). O Rio Grande do Sul é o Estado que estaria tendo os maiores prejuízos – afirma o deputado Luis Carlos Heinze (PP), que é da comissão.
Ontem, o Superior Tribunal de Justiça atendeu a pedido do Ministério da Agricultura e concedeu liminar que determina percentual mínimo de 30% da atividade dos fiscais.
– Para nós, não muda nada. Esse percentual já está sendo praticado – garante Consuelo Paixão Côrtes, delegada sindical no RS do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários.
Entre os pedidos da categoria, estão o reajuste salarial e a implantação da meritocracia.