CAMPO ABERTO | ZERO HORA | PÁGINA 22
Ainda serão necessários de cinco a sete dias para que o despacho de produtos de origem animal como as carnes de frango, suína e bovina retome o ritmo normal nas fronteiras e portos do Estado e do país. É que depois de 15 dias de paralisação dos fiscais federais agropecuários, leva um tempo até que o fluxo seja normalizado. A emissão do certificado sanitário internacional, documento essencial para a exportação é uma das tarefas realizadas pelos servidores, também à frente da inspeção e fiscalização de indústrias.
Clique aqui para acessar a matéria na página.
Na sexta-feira, em assembleias em todo o país, a categoria decidiu colocar um ponto final na paralisação, principalmente pelo retorno obtido com o Ministério do Planejamento – reajuste salarial de 10,8% em dois anos e mudança no nome do cargo, para auditor fiscal federal agropecuário.
Houve uma dose de frustração da categoria, que esperava do Ministério da Agricultura mais do que o ofício enviado ao sindicato. No Rio Grande do Sul, com 470 fiscais, entre ativos e inativos, a votação pela volta foi unânime.
– Tivemos grande adesão na greve, de 95%, acima das nossas expectativas – afirma Consuelo Paixão Côrtes, delegada sindical no RS do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários.
Conforme projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal, que reúne as indústrias de aves e suínos, 25 mil toneladas de produto deixaram de ser embarcadas no período da greve. Francisco Turra, presidente da entidade, entende que será necessário uma semana para normalizar o ritmo:
– Os efeitos foram variados. Há plantas que sentiram muito.
Com o fim da greve, também serão retomadas as atividades nas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário Nacional (Lanagro), que incluem, por exemplo, teste e aprovação das vacinas utlizadas na segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa.
Agora, é correr o contra o relógio para tentar recuperar o quanto antes o tempo perdido.