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ZH: ¿Es Friboi?

CAMPO ABERTO | ZERO HORA | PÁGINA 21

É para os lados paraguaios que a JBS irá expandir suas operações de carne bovina no Mercosul. A empresa, popularizada no Brasil pela pergunta “É Friboi?”, anunciou ontem que começa em agosto a construção de um frigorífico no país vizinho, onde tem outras duas unidades. O investimento de US$ 100 milhões permitirá dobrar a capacidade instalada atual, de abate diário de 1,5 mil cabeças, além de gerar mais de 800 empregos diretos e 3,5 mil indiretos.

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– A capacidade industrial do Paraguai, em relação ao rebanho, de 14 milhões de cabeças, é muito pequena – diz Miguel Gularte, presidente da JBS Mercosul.

Na Capital, onde participou do Tá na Mesa, da Federasul, Gularte, falou sobre mercado, preços e expansão no bloco. Confira trechos da entrevista (a íntegra está em zhora.co/giseleloeblein):

UNIDADES FECHADAS

A produção bovina é sazonal, obedece demanda e clima. No Brasil, o que se fez foi adequar capacidade para a oferta disponível (refere-se à paralisação de três unidades). É uma circunstância temporária. Não há, por enquanto, previsão de nenhum outro fechamento. Esse ajuste ocorre em outros países. Na Argentina, concentramos a operação de quatro plantas em uma, em Rosário, que hoje abate quase a mesma quantidade de todas juntas, cerca de 2 mil cabeças por dia.

ESTADOS UNIDOS

O mercado americano tem demanda constante. São margens menores, mas com escala maior. Nossa carne, por ter menor teor de gordura, servirá para fazer essa mescla com a carne dos americanos. No caso da JBS, entusiasma bastante porque temos operação muito forte nos EUA, nossa expertise servirá para alavancar as exportações. E entendemos que é uma oportunidade interessante para o Brasil potencializar nossa operação nos EUA.

COM OU SEM VACINA

Sou veterinário e acho que a vacinação deve continuar. É uma proteção que não tem nenhuma interferência na exportação em mercados que o Brasil quer atingir. Um dos poucos com restrições é o Japão, mas já se começa a discutir também em terminar com isso. Não tem problema o animal ter memória imunológica feita com vacinação. É um risco absolutamente desnecessário, do ponto de vista comercial, falar em terminar com a vacinação. O que temos a perder é infinitamente superior ao que temos a ganhar.

CARNE GAÚCHA

A JBS criou em São Paulo um nicho de mercado para o Rio Grande do Sul. O produto (linha Swift Black) é vendido como top. São 35 mil a 40 mil animais ao ano que confinamos no JBS em Guaiçara (SP) (a marca, que não tem frigorífico bovino no Estado, compra terneiros aqui para engorda lá). Esse produto é uma forma de ter a bandeira gaúcha nos principais pontos de consumo de SP. Abrimos espaço para divulgação de produto de qualidade com origem no RS.