Representantes do setor de produção animal do Rio Grande do Sul devem se reunir na próxima segunda-feira para elaborar sugestões relativas ao enquadramento de propriedades rurais no Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêncio (PPCI). A agenda foi acertada após reunião com o chefe da Divisão Técnica de Prevenção de Incêndios, do Corpo de Bombeiros, major Everton Dias, na Secretaria da Agricultura, na tarde desta quinta-feira. A intenção é elaborar um documento que será analisado na próxima reunião do Conselho de Prevenção, que ocorre na quinta-feira.
O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, relatou ao representante dos bombeiros o impacto que as medidas impostas pela legislação aprovada após a tragédia da Boate Kiss pode causar nas propriedades rurais. “São atividades com risco desprezível, pela baixa circulação de pessoas. As exigências da lei trazem custos altos que inviabilizariam as propriedades”, argumenta. O Secretário da Agricultura, Ernani Polo, afirma que “o setor não quer uma flexibilização das normas, apenas a adequação à realidade de cada atividade”.
Hoje, conforme o major Everton, os aviários, pocilgas e galpões estariam, por similaridade, encaixados na mesma tabela das indústrias, que prevê a necessidade de hidrante e brigada de incêndio, entre outros itens. “Sabemos que nossa lei é muito complexa e estamos trabalhando na adequação da legislação. No Rio Grande do Sul não temos histórico de sinistros em estabelecimentos rurais”, afirma. Segundo o chefe da Divisão Técnica, da reunião do Conselho de Prevenção deverá sair uma proposta para votação na Assembleia Legislativa.
Além do Fundesa, representantes da Fetag, Farsul, Sips, Asgav, Acsurs participaram da reunião.