Campo e Lavoura | Zero Hora | Página 6
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Após serem furtados ou carneados nas fazendas, os animais abastecem um mercado clandestino que envolve cerca de 400 mil cabeças de gado por ano, estima o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs). Essa carne é consumida sem qualquer inspeção sanitária, representando perigo para a saúde pública.
– Esse produto chega ao mercado sem cumprir nenhuma regra de sanidade – alerta Ronei Lauxen, presidente do Sicadergs.
Na semana passada, denúncia anônima resultou na apreensão de quase 7 toneladas de carne sem procedência em Torres.
Hoje, a indústria gaúcha de carne bovina abate cerca de 1,9 milhão de animais por ano. Embora não seja o único fornecedor do abate clandestino, o abigeato responde por boa parte do que chega ao mercado sem inspeção.
Quase 50% dos furtos de gado ocorrem nas regiões da Campanha, Missões, Fronteira Oeste e Sul, informa a Secretaria da Segurança Pública. Animais de raça prontos para o abate são o alvo preferencial dos ladrões.
– Tudo que é desviado agrava a escassez de matéria-prima, um dos limitadores dos frigoríficos gaúchos hoje – destaca Lauxen.