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JC: Setor lácteo pede restrição ao leite vindo do Mercosul

ECONOMIA | JORNAL DO COMÉRCIO | PÁGINA 12

Deputados da subcomissão de Política Agrícola da Câmara dos Deputados e um grupo de representantes da cadeia láctea nacional debaterão com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, o problema das importações de leite em pó do Mercosul, principalmente do Uruguai. As entidades do setor estão preocupadas com o aumento de importação de lácteos do Uruguai, que neste primeiro semestre foi 199% maior que a média de igual período de 2011 a 2014.

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O encontro, que vai ocorrer amanhã, às 16h, no Ministério da Agricultura, em Brasília, contará com dirigentes do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Viva Lácteos, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) e Sindicato da Indústria dos Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat). A reunião com a ministra é uma prévia da audiência pública requerida pela Comissão de Agricultura da Câmara Federal, que vai acontecer no dia 27 de agosto, em Brasília. O IGL, que estará representado por seu presidente, Gilberto Antonio Piccinini, e seu diretor executivo, Ardemio Heineck, apresentará à ministra o manifesto assinado por 14 entidades nacionais durante o Congresso Internacional do Leite. O documento é considerado histórico, pois coloca, pela primeira vez, do mesmo lado da trincheira todos os elos da cadeia.

As reivindicações envolvem abrir imediatamente negociações para restringir a importação de lácteos oriundos do Mercosul por, no mínimo, dois anos; agilizar a habilitação de plantas industriais de laticínios para exportação a grandes mercados compradores, como o da Rússia; e que sejam realizadas compras governamentais de leite em pó continuadamente.

O deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS) explica que o acordo de cotas precisa ser realizado pela iniciativa privada, mas mediado pelo governo federal. Na avaliação do parlamentar, a cadeia do leite ainda carece de representatividade política em relação à indústria da linha branca, que se beneficia, por meio de exportações aos países vizinhos, do acordo de livre comércio em troca de importação de commodities. “É preciso criar um Instituto Brasileiro do Leite”, avalia Moreira, que está bastante otimista em relação aos resultados.