ECONOMIA | JORNAL DO COMÉRCIO | PÁGINA 11
Os fiscais federais agropecuários esperam ser chamados ainda hoje para uma audiência com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Caso o governo federal não convoque a categoria para uma reunião ou não apresente um nova proposta salarial, os fiscais devem entrar em greve a partir de amanhã. A principal reivindicação é a recomposição das perdas salariais geradas pela inflação, equiparando os vencimentos com as demais carreiras de auditoria.
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O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) também aguarda uma audiência com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Nesse caso, o objetivo é apresentar pautas específicas da categoria, como a realização de concurso público para a contratação de mais profissionais, a mudança da nomenclatura para auditor fiscal, a regulamentação do adicional de fronteiras e a ocupação dos cargos de gestão do ministério por meritocracia.
De acordo com a delegada sindical da Anffa no Rio Grande do Sul, Consuelo Garrastazu Paixão Côrtes, se os profissionais da fiscalização optarem pela paralisação, todas as importações e exportações de produtos agropecuários no Brasil podem ser afetadas. “Também temos que liberar os pallets de madeira presentes em outros produtos, o que refletiria a paralisação em outras áreas”, destaca. Entretanto, ainda não há definição se a greve seria total ou parcial.
Além disso, a categoria milita contra a terceirização dos serviços de inspeção, possibilidade que estaria sendo estudada pelo governo federal, prefeituras e empresários. “Seria uma medida inconstitucional, pois toda a fiscalização precisa ser feita por um ente público concursado com poder de polícia. Terceirizar retira a isenção do processo e poderia fragilizar a fiscalização, gerando consequências ao consumidor”, afirma Consuelo.