REGIÃO | O INFORMATIVO DO VALE | PÁGINA 4
Vale do Taquari – Apesar de manterem serviços essenciais à população, fiscais federais agropecuários do Vale do Taquari aderiram à paralisação do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical). A greve se iniciou no dia 17 e tem prazo indeterminado para se encerrar.
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Entre as pautas da reivindicação estão recomposição salarial de 10,8%, dividida em dois anos; mudança da nomenclatura de fiscal para auditorfiscal; ocupação dos cargos de gestão por meritocracia; e reestruturação da carreira, com a contratação dos aprovados em concurso público. Com exceção do reajuste salarial, as reivindicações se arrastam desde 2012, quando o governo descumpriu o acordo com a categoria.
Responsáveis pela fiscalização do abate de frangos e suínos em frigoríficos, os servidores públicos também aproveitam a mobilização para se posicionarem contra a privatização do serviço, cuja possibilidade foi acenada pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu.
Conforme o fiscal Adriano Guahyba, diretor-suplente do Anffa Nacional, o fato de os profissionais não estarem vinculados às empresas que fiscalizam garante a isenção no trabalho e a qualidade dos produtos. “A defesa sanitária é vista como um custo, quando, na verdade, é um investimento, uma questão de saúde pública”, salienta.
Apenas no Vale do Taquari, os profissionais são responsáveis pela fiscalização do abate de um milhão de frangos e de oito mil a nove mil suínos, por dia. Paralelamente ao aspecto sanitário, o impacto econômico do trabalho dos fiscais é destacado pelos servidores. “Atuamos diretamente com o setor que alavanca o Produto Interno Bruto (PIB)”, argumenta a delegada sindical do Anffa no Rio Grande do Sul, Consuelo Garrastazu Paixão Côrtes.
Além dela e de Guahyba, o representante da seção sindical do Vale do Taquari, Ricardo Cimirro, e o diretor jurídico do Anffa Sindical, Márcio Todero, visitaram O Informativo do Vale, na tarde de ontem, para expor as demandas da categoria.