RURAL | CORREIO DO POVO | PÁGINA 9
Os 13 produtores de Carlos Barbosa certificados ontem pelo Programa Alimentos Seguros (PAS) Leite Campo atingiram conformidade média de 99,5% na verificação de itens que fazem parte da rotina da propriedade — há dez meses, antes da implantação da metodologia, a média era de 60%. O resultado foi alcançado por meio da conferência de itens como segurança da água, higienização e manutenção de equipamentos, manejo de ordenha, refrigeração e armazenamento de leite, manejo sanitário e produção e armazenamento de alimentos para os animais.
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O grupo de produtores, ligado à cooperativa Santa Clara, já colhe os frutos dos primeiros sete meses de dedicação ao projeto. Com base nos resultados, o Ministério da Agricultura (Mapa) ampliou em um dia a validade do leite B produzido pelos produtores certificados, passando de sete para oito dias. Com 31 vacas e produção de 1.100 litros/dia, o produtor João Marcos Grespan se disse satisfeito com a notícia. “Melhoramos a qualidade do leite e isso vai refletir lá na ponta para o consumidor”, comenta.
A melhoria da qualidade é medida por indicadores como contagem bacteriana total, que reduziu de 149 UFC/ml para 80 UFC/ml — queda de 46% de junho de 2014 a junho de 2015. No mesmo período, a contagem de células somáticas também caiu de 806 células/ml para 510 células/ml — redução de 36%. Consultor do PAS Leite Campo, André Bordignon destaca que estes produtores já estão com a contagem bacteriana total adequada para 2016 e com a contagem de células somáticas adequada para os padrões deste ano, conforme prevê a Instrução Normativa (IN) 62, que regulamenta a produção e a qualidade do leite. “O grande benefício do PAS Leite é o uso racional, econômico e correto de drogas veterinárias e outros químicos e a agregação de valor ao leite e seus derivados”, ressaltou.