RURAL | CORREIO DO POVO | PÁGINA 8
A cadeia produtiva da carne voltou a relatar transtornos e prejuízos decorrentes da greve dos fiscais federais agropecuários, ontem, ao mesmo tempo em que uma reunião da Anffa Sindical, que representa a categoria, com o Ministério da Agricultura e a Frente Parlamentar do Agronegócio, mantinha o impasse, em Brasília.
Clique aqui para acessar a matéria na página.
O resultado do encontro era aguardado por entidades como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sicadergs) e Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), devido aos problemas que a greve causa ao setor. O presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, disse que a entidade recebeu, até ontem, 73 notificações de todo o país sobre cargas de aves, suínos e material genético paradas em portos e fábricas.
Conforme Turra, os problemas mais sérios ocorrem em plantas industriais do Rio Grande do Sul e nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). “Uma empresa do Paraná foi notificada, por uma compradora do exterior, que está perdendo o contrato por não conseguir enviar cargas”, revelou.
A Asgav estima que estejam represadas em torno de 1,2 mil toneladas de aves em câmeras frias e contêineres. O diretor executivo da entidade, José Eduardo dos Santos, observa que isso gera prejuízo próximo de R$ 2 bilhões, sem contar o aluguéis de contêineres, caminhões parados e multas por atrasos na entrega.
A Abrafrigo conseguiu liminar da Justiça determinando aos fiscais que façam a inspe- ção e fiscalização do trânsito internacional de produtos destinados à exportação em portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas especiais, liberem a documentação das cargas que estiverem regulares e deem continuidade à emissão de certificados sanitários internacionais. O diretor executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle, observou que, como o sindicato é filiado à Abrafrigo, seus associados são beneficiados com a liminar.