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CP: Mormo afeta desfiles do 20 de Setembro

CIDADES | CORREIO DO POVO | PÁGINA 14

O panorama de desfiles farroupilhas foi atípico neste ano em função do cancelamento em dezenas de cidades devido ao controle do mormo, doença que atinge equinos e pode ser transmitida a humanos. Em junho, foi definida a obrigatoriedade do exame para o trânsito e a participação de animais em eventos com aglomeração a fim de evitar possíveis contágios. Segundo dados da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), a crise financeira nas prefeituras e o risco de contágio obrigaram ao menos 118 cidades a cancelar os desfiles.

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Vários municípios, porém, realizaram ontem os eventos com cavalos. Em Alegrete, houve inspeção na concentração para o desfile visando ao controle com exame de sanidade e Guia de Trânsito Animal (GTA). Conforme a coordenação dos festejos, todos os 4 mil participantes passaram pela fiscalização. A equipe da Inspetoria Veterinária estadual esteve acompanhada da Brigada Militar. Em Piratini, conforme a organização, mil cavalos participaram ontem, enquanto em 2014 foram 1,6 mil. Segundo o secretário de Cultura, Diego Espindola, a exigência do exame dificultou que o município pudesse manter a ajuda de custo e premiação em dinheiro e, com isso, muitas entidades deixaram de participar. Já conforme a BM, estiveram presentes 450 cavalarianos, contra mil em 2014. Todos os animais tinham uma presilha plástica azul identificando a regularização.

Em Canguçu, segundo os organizadores, 212 cavalarianos participaram do desfile, contra 700 em 2014. Conforme a diretora do Departamento de Cultura da cidade, Celis Madrid, a exigência do exame afetou a festa. “Só puderam desfilar os cavalos que apresentassem uma presilha laranja em uma das patas, que era sinal de que estavam em dia com as exigências.” Em Pelotas, 370 cavalos habilitados após apresentação dos testes desfilaram. Em Pinheiro Machado, 200 cavalarianos participaram, sendo que em 2014 o número foi 600. Todos os cavalos apresentaram a documentação exigida, segundo a organização. Em Santa Vitória do Palmar, 45 cavalos participaram da programação, que foi temática. Também desfilou um carro da Vigilância Sanitária estadual, responsável pelo controle dos cavalos, que levavam a presilha nas patas. Na região central do Estado, apenas São Pedro do Sul realizou o evento com cavalos. O desfile também teve a presença de representações de CTGs das cidades de Dilermando de Aguiar e Toropi.

Devido à exigência do teste, em Rio Grande não houve desfile, apenas caminhada e encerramento da Semana Farroupilha. Em Livramento, que também cancelou o evento e costumava reunir 5 mil cavalarianos em anos anteriores, ocorreram atividades culturais nas entidades