RURAL | CORREIO DO POVO | PÁGINA 10
O Ministério da Agricultura estuda mudanças no Programa Nacional de Controle de Tuberculose
e Brucelose. A principal delas, segundo a coordenadora, Gabriela Bicca da Silveira, é a classificação dos estados em classes, conforme a prevalência das duas doenças. “Dependendo dessa classificação, serão realizadas as ações de controle visando à erradicação dessas doenças”, explicou. As modificações foram apresentadas aos produtores gaúchos ontem, durante a abertura do Simpósio Qualidade do Leite, no segundo dia da Expoleite/Fenasul.
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As mudanças estão inseridas na revisão do regulamento técnico do programa e deverão ser submetidas a consulta pública até o mês de julho. O regulamento atual data de 2001. Conforme Gabriela, o conjunto de medidas em estudo permite trabalhar com o objetivo de erradicar as duas zoonoses, embora, “pelas
características das doenças”, isso não deva ocorrer em um curto espaço de tempo.
Outra medida em estudo é a interdição de focos das zoonoses. No Rio Grande do Sul, essa medida já é adotada desde o ano passado. Segundo o veterinário Rodrigo Etges, da Secretaria da Agricultura (Seapa), o Estado conta hoje com mil propriedades livres de brucelose e tuberculose, num universo de 360 mil. O Mapa também estuda reduzir de três para dois o número de testes de rebanho.
O presidente da Gadolando, Marcos Tang, cobra a obrigatoriedade do controle em todas as propriedades. “Se for por adesão, o ‘bom’ faz tudo. E o ruim, quem vai obrigá-lo a fazer?”, questionou. Tang defendeu uma estratégia de combate às duas doenças que seja exequível, contínua e sem sobressaltos. A coordenadora do programa ressaltou que a vacinação de terneiras de 3 a 8 meses já é obrigatória para a brucelose.