RURAL | CORREIO DO POVO | PÁGINA 12
As dificuldades financeiras enfrentadas pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), ligado à Fepagro, foram tema de reunião, ontem, entre representantes do Estado e dos conselhos técnicos do Fundesa. “Vamos discutir formas de viabilizar recursos para ampliar a estrutura dos laboratórios”, afirmou o secretário da Agricultura, Ernani Polo. Em 2015, a projeção de orçamento para despesas de custeio é de R$ 892 mil. Entretanto, pouco mais da metade dos recursos — R$ 500 mil ou 56% — vêm do Estado, por meio da Fepagro. O restante — R$ 392 mil ou 44% — são oriundos de aporte do Fundesa.
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“O IPVDF é fundamental para a atividade dos setores vinculados ao Fundesa, pois os diagnósticos são a base de um sistema de inspeção sanitária. Mas há uma limitação de recursos, a dotação orçamentária sempre foi limitada”, destaca o presidente do Fundesa, Rogério Kerber. Ele ressalta a necessidade de fortalecer o laboratório oficial credenciado ao Ministério da Agricultura. Uma das sugestões do Fundesa é que os recursos de convênios com o Mapa também possam ser repassados para o segmento de diagnóstico laboratorial.
A proposta em estudo é buscar um modelo de gestão direta para que os recursos gerados com a realização de diagnósticos retornem integralmente para custeio e investimento da instituição, sem ir para o caixa único do Estado. Em 2014, a receita gerada com a realização de 45.159 exames ao custo médio de R$ 13,00 cada foi de R$ 587 mil, valor superior ao repasse do Estado previsto para 2015. “A importância do IPVDF está ligada ao suporte que o laboratório dá às cadeias produtivas”, disse o diretor técnico da Fepagro, Carlos Alberto Oliveira.
Ao final do encontro, Polo solicitou a constituição de grupo de trabalho para elaboração de um plano de reestruturação do IPVDF. A primeira reunião ocorre na segunda-feira, para discutir alternativas que viabilizem a obtenção de recursos. A intenção é ampliar a atuação dos oito laboratórios de referência em diagnóstico e defesa sanitária animal com a realização de exames que hoje são feitos fora do Estado, como salmonella e mormo.