RURAL | CORREIO DO POVO | PÁGINA 9
O governador José Ivo Sartori assinou ontem, no Palácio Piratini, o decreto que regulamenta o Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Rio Grande do Sul, aguardado desde o final do ano passado. Com o documento, que estabelece conceitos sobre bioma Pampa e banhado, a expectativa é de que agora o processo de preenchimento do CAR finalmente deslanche. Até o momento, o Estado é o mais atrasado
da União. Das 460 mil propriedades do RS, apenas 16 mil já preencheram o CAR, o equivalente a 3% do total. “A Fetag, a Farsul, o Senar, todas as entidades, vão ter a partir de agora um papel preponderante para tirar o Rio Grande do Sul do último lugar”, afirmou Sartori, antes de acrescentar que o governo
cumpriu o seu papel.
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Presente ao ato de assinatura do decreto, a ministra Kátia Abreu pediu que o CAR não fosse encarado como ônus. “É um bônus, gente. Com ele, nós teremos uma topografia das propriedades que nos permitirá desmistificar muita coisa lá fora”, declarou. Sobre o fato de o decreto ter levado mais tempo do que o inicialmente previsto para ficar pronto, a secretária do Meio Ambiente, Ana Pellini, minimizou.
Segundo ela, a demora se deveu a esforços empreendidos para conciliar necessidades de preservação
e de desenvolvimento econômico.
“O importante agora é que os produtores se sentirão mais confortáveis para identificar o que é um banhado, porque ficaram definidas a fauna e a flora típicas de banhado e a vegetação que caracterizam a área de bioma Pampa”, disse. O secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, apelou para que os produtores se empenhem para preencher o CAR dentro do prazo final, que é o dia 4 de maio de 2016, até como estratégia de defesa contra restrições de crédito. De acordo com o secretário da Agricultura,
Ernani Polo, uma reunião entre as secretarias deve ocorrer nas próximas semanas para definir uma meta de preenchimento mensal do CAR.