Rural | Correio do Povo | Página 10
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Interrompida em 2012, a parceria de exportação de carne bovina para a China deve ser retomada hoje, em cerimônia no Palácio do Planalto. A expectativa é que o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, confirme a retirada do embargo à carne brasileira, imposto quando houve suspeita de que a morte de um animal, ocorrida em 2010, havia sido um caso de doença da vaca louca no Paraná. A assinatura de protocolo sanitário deve liberar pelo menos oito frigoríficos de carne bovina nacional a exportarem
para o país asiático, acredita o presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli.
O dirigente disse que a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, teria pedido a habilitação de 27 plantas nacionais. Contudo, “os indicativos” são de que os chineses irão liberar apenas oito, sendo uma delas a do Grupo Marfrig em Alegrete. “Os chineses são compradores de todos os tipos de carnes. Compram praticamente o boi inteiro, o que comercialmente é muito interessante. Estamos na expectativa de que
fique explicitado, na cerimônia, como as outras plantas podem acessar esse novo mercado também”,
destacou. O Ministério da Agricultura não confirmou a informação da Abiec.
O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Rônei Lauxen avaliou a possibilidade de voltar a exportar para a China como “interessante”. Porém, evitou projetar impacto econômico.