CORREIO DO POVO | RURAL | PÁGINA 11
A Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro) vai questionar a prorrogação da campanha da vacinação contra a febre aftosa no Estado, autorizada dia 31 de maio pelo Ministério da Agricultura (Mapa) a pedido da Secretaria da Agricultura (Seapi). Na avaliação da presidente da entidade, Ângela Antunes, a decisão era desnecessária e foi tomada sem o aval dos técnicos. Para reforçar o argumento, os fiscais destacam que foram imunizados 10,8 milhões de animais, correspondentes a 78% do rebanho, que tem 13,9 milhões de cabeças, até 1˚ de junho. No ano passado esse índice, na mesma data, foi de 76%, e não houve prorrogação. “Nosso trabalho fica à mercê de interesses que nada têm a ver com a sanidade do rebanho”, lamentou Ângela.
A articulação foi da Farsul, que fez contatos em Brasília para viabilizar a prorrogação do prazo até o dia 17 de junho. O consultor da entidade, Luiz Alberto Pitta Pinheiro, disse que “a situação conjuntural” é o que justifica a necessidade, referindo-se às condições climáticas ocorridas especialmente na Metade Sul, onde houve dificuldades de acesso a muitas propriedades por causa das chuvas de abril, que prejudicaram as estradas. “Precisamos ter sensibilidade e respeitar a condição de dificuldade dos produtores”, explica o secretário da Agricultura, Ernani Polo, destacando que a demanda também foi apresentada por prefeitos.