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ZH: Vacina mantida, pressão atenuada

CAMPO ABERTO | ZERO HORA | PÁGINA 15

A decisão do Paraná de voltar atrás no cronograma para a retirada da vacina contra a febre aftosa dá ao Rio Grande do Sul fôlego no debate sobre a evolução do status sanitário. Os paranaenses haviam se programado para não realizar a segunda etapa da campanha de imunização, realizada em novembro. Seria o primeiro passo na busca pelo reconhecimento de zona livre da doença sem vacinação na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

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Uma combinação de fatores fez a Secretaria da Agricultura recuar. Na semana passada, anunciou que deixará para 2016 a suspensão da vacina. Entre as razões estão o fato dos novos fiscais agropecuários – chamados em julho – se encontrarem em treinamento e das barreiras na divisa com SP e MS ainda não terem ficado totalmente prontas.

– Possivelmente não trabalharemos com chip e, sim, cadastro. Estamos depurando esse cadastro – acrescenta Norberto Ortigara, secretário da Agricultura do Paraná.

Há ainda outra questão: como ficam criadores paranaenses que têm propriedades em MS. Para o próximo ano, a meta é retirar a vacina – no máximo mantendo a primeira etapa, em maio.

– Não devemos retardar o Brasil nessa busca. Quem sabe Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul não entram com pedido – avalia o secretário do Paraná.

Subgrupo criado no Fundesa para tratar do tema no RS se reúne na próxima semana. Debaterão o primeiro diagnóstico feito, com levantamento do que o Estado precisa para evoluir de status. Apesar da decisão do Paraná dar mais tempo para o debate, Bernardo Todeschini, chefe do serviço de saúde animal da superintendência do Ministério da Agricultura no RS e coordenador do grupo do Fundesa, entende que não deve haver desmobilização:

– A discussão deve ser mantida. Não podemos deixar para o próximo ano.

Em manifestação recente, federações da agricultura do Mercosul se posicionaram a favor da manutenção da vacina.