Na primeira reunião do Grupo de Combate ao Carrapato em 2017, realizada nos dias 5 e 6 em Porto Alegre, pesquisadores, especialistas e representantes do serviço veterinário oficial, discutiram medidas para combater a disseminação do parasita que transmite a Tristeza Parasitária Bovina. A enfermidade é a que mais mata bovinos no Rio Grande do Sul causando prejuízos superiores a R$ 350 milhões. Já foi registrada a presença de carrapatos até em Santa Vitória do Palmar, que é área livre da enfermidade. No Brasil, estima-se que os prejuízos superem R$ 3 bi.
A principal preocupação do grupo é padronizar as orientações e também conhecer os resultados dos produtos químicos hoje utilizados para o controle do carrapato. “Temos muitos problemas de resistência, que acontecem pelo mau uso dos produtos disponíveis”, explica o coordenador do grupo, Ivo Kohek Júnior, da Secretaria da Agricultura. O controle eficiente do carrapato passa pelo manejo adequado e, para isso, as orientações aos produtores precisam ser padronizadas. A primeira ação definida pelo grupo será promover o treinamento de todos os técnicos que atuam nas Inspetorias do estado. “O veterinário precisa saber e passar adiante a informação, por exemplo, de que somente banhar o gado não resolve o problema. É também indispensável fazer o controle no tempo certo e realizar o controle de trânsito”, conclui. O diagnóstico da doença também foi discutido e considerado fundamental no processo de controle.
O Fundesa apoiou o encontro dos especialistas, realizado no Hotel Embaixador. Para o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal, Rogério Kerber, “a compreensão do papel de cada um no controle de enfermidades é importante para garantir a sanidade dos rebanhos”. Uma série de treinamentos para médicos veterinários já foi programada até o final do ano, sendo o primeiro no mês de junho. A próxima reunião ficou marcada para o final de maio.