NOTA OFICIAL
A intenção do Ministério da Agricultura de autorizar a contratação de médicos veterinários temporários para suprir a carência de servidores na fiscalização agropecuária é uma afronta. Considerar afastar o Estado do controle em uma atividade que é dever constitucional é uma forma de permitir que interesses econômicos ou políticos interfiram na proteção da saúde pública, já que a fiscalização de produtos oriundos da agropecuária nacional está diretamente ligada a isso. A Delegacia Sindical do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários no RS luta pela realização de concurso público para suprir as carências existentes.
Se o agronegócio e as exportações são tão importantes para o país, não é justo que se trate esse setor nomeando temporários em vez de servidores de carreira com poder e autonomia para defender os interesses da sociedade. Nenhuma carreira típica de Estado tem contratação nesta modalidade.
Ademais, as vagas temporárias que o ministro Blairo Maggi afirma que vai criar serão ocupadas por indicações, sem concurso e sem meritocracia, o que já foi comprovado, especialmente no Rio Grande do Sul, que não contribui para a realização de um trabalho sério e independente.
Consuelo Paixão Côrtes
Delegada Sindical – DS-RS