Mais de 500 produtores de suínos da região Noroeste do Rio Grande do Sul participaram do 2º Seminário Técnico de Suinocultura, em Santo Cristo, nesta sexta-feira (27). O evento, promovido pelo Fundesa em parceria com o Ministério da Agricultura e a Embrapa Suínos e aves, teve como temas bem-estar animal, biosseguridade e redução no uso de antimicrobianos. O objetivo foi mostrar como medidas simples podem representar grandes repercussões no resultado da produção.
Na abertura do evento, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, destacou que “a aplicação de recursos financeiros e de tempo em atenção a estas questões representam um investimento – e não custos – ao produtor”. Segundo ele, as medidas garantem melhor desempenho produtivo, reprodutivo e maior qualidade do produto final.
O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Nelson Morés, afirmou que na planilha da suinocultura, “os gastos com biosseguridade representam menos de 5%, mas resultam em uma economia muito maior em outros aspectos da produção”. Medidas que podem parecer óbvias, como o cercamento da propriedade, ainda merecem mais atenção, conforme Morés. “O produtor também precisa evitar as famosas visitas às granjas. Quanto menos movimentação estranha, melhor”, salienta.
O consultor do Mapa, Cleandro Pazinato Dias, falou sobre bem-estar na produção. Ele explicou que uma menor densidade de animais por área garante uma produção mais saudável. Pazinato pontuou que nutrição, alojamento, sanidade e comportamento adequado são os principais fatores para proporcionar condições ideais para os suínos. Já o pesquisador Osmar Dalla Costa da Embrapa Suínos e Aves abordou o bem-estar no transporte de suínos. Segundo ele, o produtor precisa apenas das mãos ou uma garrafa pet para conduzir os animais até o caminhão, sem lesões. “É importante também conduzir no máximo quatro animais por vez, para um deslocamento mais tranquilo e sem o uso de força”, orienta.