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26/08/2016 – Portal do Agronegócio: Fiscais do Rio Grande do Sul apreendem agrotóxicos ilegais

PORTAL DO AGRONEGÓCIO | ONLINE

Produtos de origem chinesa e uruguaia são encontrados por fiscais estaduais agropecuários em lavoura no município de Santana do Livramento. Padrões de rastreabilidade evitam o contrabando

Fiscais agropecuários da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul encontraram os produtos Agricim (princípio ativo carbendazim, origem chinesa), Folimur P2 (organofosforado, origem uruguaia), Ridomil gold Mz 68 WP (princípio ativo Mancozebe, origem uruguaia), Imidatec (inseticida, origem uruguaia), em uma propriedade rural não revelada no município de Santana do Livramento – fronteira com o Uruguai.

O produtor, autuado por infração, deverá pagar uma multa de até R$ 14.700,00, além de responder processo administrativo e processo-crime junto à Polícia Federal. Caso seja comprovada a utilização dos agrotóxicos contrabandeados na plantação, o agricultor também poderá ser descredenciado pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa). “Além dos agrotóxicos Contrabandeados, havia na propriedade rural agrotóxicos com registro no Brasil”, informa Rafael Friedrich de Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários do Estado.

A propriedade adota dois sistemas de cultivo: convencional e orgânico. De acordo com os fiscais, havendo os dois sistemas na mesma propriedade, o agricultor pode ter agrotóxicos registrados no Brasil. Lá são cultivadas rúcula, cebolinha verde, salsa, couve, beterraba, abobrinha de tronco e pimentão, segundo o cadastro do produtor no Ministério da Agricultura e Abastecimento.

Prevenção – Os padrões da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil – Global Traceability Conformance e Global Traceability Standard (GTC/GTS) – auxiliam as empresas na implantação da rastreabilidade de seus produtos e ajudam o País a evitar problemas como esses. “A tecnologia permite traçar o histórico e o registro do caminho percorrido pelo produto por meio de uma identificação única e global que identifica o mesmo”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira. As informações sobre a procedência e a idoneidade dos produtos começam a ser inseridas na origem, com a identificação do produto via código de barras ou radiofrequência. Portanto, empresas que enviam e recebem ca rgas de alimentos, medicamentos ou qualquer outro produto têm informações precisas da sua procedência desde a matéria-prima até a chegada ao consumidor.

O código de barras facilita o controle de circulação de mercadorias em todas as etapas do processo, seja no recebimento nos estabelecimentos ou em qualquer outra fase que seja necessária a captura de dados e controle da informação. É como se fosse um o “RG” do produto, a identificação é única e global. Isso é possível graças ao Número Global do Item Comercial, o GTIN, uma estrutura numérica específica que identificada produto por produto.

Mercado – Cada vez mais brasileiros aderem ao consumo de produtos orgânicos. Dados do Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) revelam que a agricultura orgânica deve movimentar mais de R$ 2,5 bilhões neste ano no País. Quem quer ter esses itens em sua mesa desembolsa entre 20% e 30% acima do valor de itens tradicionais. O motivo de pagar um pouco caro está nas características desse tipo de cultivo, que não utiliza agrotóxicos sintéticos, fertilizantes químicos ou transgênicos, e as técnicas aplicadas nas lavouras buscam preservar o meio ambiente e garantir a qualidade do alimento. Orgânico ou não ninguém quer pagar por um alimento que tenha sido cultivado com agrotóxico contrabandeado.

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