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26/02/2016 – CP: Corte pode prejudicar serviços

CORREIO DO POVO | RURAL | PÁGINA 10

Temor é de que redução das verbas do Mapa interfira na fiscalização, análises e projetos de pesquisa

Embora o Ministério da Agricultura (Mapa) ainda não tenha anunciado oficialmente quais áreas serão mais afetadas pelo corte de 27% no orçamento da pasta, dirigentes de entidades representativas do setor já demonstram preocupação com o impacto que a medida poderá causar nos serviços. Com o contingenciamento, os R$ 2,037 bilhões previstos inicialmente foram reduzidos para R$ 1,483 bilhão.

A delegada regional do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais (Anffa), Consuelo Paixão Cortes, receia que a diminuição dos recursos comprometa ações de defesa agropecuária. A dirigente questiona o corte, destacando que esta semana a ministra da Agricultura Kátia Abreu disse que, até 2018, quer ampliar a participação do agronegócio brasileiro no comércio mundial de 7% para 10%. “Como promover este crescimento sem recurso?”, questiona.

O fiscal federal agropecuário Fabiano Barreto, coordenador do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro-RS) disse que haverá remanejamento de esforços para que o serviço prestado pelos laboratórios gaúchos não seja comprometido. “Nenhuma atividade foi interrompida, mas poderá haver impacto se os cortes forem mais drásticos”, reconhece, referindo-se à compra de insumos e à coleta e encaminhamento de amostras.

A avaliação é semelhante na Embrapa. “Alguns projetos deixarão de ser executados ou não serão executados por completo”, lamenta o presidente da Federação das Associações dos Empregados das Embrapas (Faee), Ismael Ferreira.

Para o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, o corte no orçamento é incompreensível e inadequado. “O ministério que está segurando o superávit nacional recebeu menos da metade dos recursos de outros”, compara.

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