CORREIO DO POVO | RURAL | PÁGINA 18
Com a promessa de modernizar e desburocratizar normas e processos do agronegócio, o Mapa lançou ontem, em Brasília, o plano Agro + com 69 medidas que serão implementadas em curto, médio e longo prazos. Ao todo, foram analisadas 315 demandas do setor produtivo. Novas etapas vão ser contempladas nos próximos meses.
Entidades gaúchas elogiaram a iniciativa. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, avalia que o plano irá desativar procedimentos desnecessários. “Vai evitar duplicidade de ações, como a fiscalização que acontecia na indústria e também nos portos, encarecendo o processo”, diz, ao se referir à medida que termina com a reinspeção nos portos e carregamentos vindos de unidades com o (SIF). Rogério Kerber, diretor-executivo do Sips e presidente do Fundesa, acredita que o plano poderá dar mais agilidade ao setor produtivo, além de reduzir custos e aumentar a competitividade.
Para a suinocultura, a novidade é a alteração da temperatura de congelamento da carne suína, de 18ºC negativos para 12ºC negativos. “Éramos o único país do mundo com essa exigência dos 18ºC negativos. A partir de agora, o setor terá uma redução de custos na ordem de R$ 10 milhões”, explica Kerber.
O governo também anunciou que fará a edição de leis que foram criadas há décadas. Na opinião do secretário da Agricultura Ernani Polo, a atualização das legislações é bem-vinda porque muitas estão inadequadas à atual realidade do agronegócio. “Essa atualização vai possibilitar que os Estados também façam suas adequações para dar condições para o setor crescer. Vamos analisar isso”, informou.