CORREIO DO POVO | RURAL | PÁGINA 10
Estado vai permitir que pagamento do ICMS fique para o período da venda de aves e suínos
O governador José Ivo Sartori assina hoje, às 9h, no Palácio Piratini, decreto que vai garantir o diferimento do ICMS na importação de milho até 31 de outubro deste ano. A medida beneficia agroindústrias de aves e suínos, que têm sofrido com a escassez do grão no Estado. Nos últimos anos, o déficit de milho no Rio Grande do Sul tem sido de, em média, 1,5 milhão de toneladas por ano. Na avaliação do governo, “a medida ajudará a evitar o aumento do custo dos insumos”.
O diferimento foi um pedido das entidades que representam o setor. Quem importar milho adiará o pagamento do imposto do ato da compra do grão para o período da venda das aves e suínos. “As empresas estão sem dinheiro em caixa”, explica o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips), Rogério Kerber. “O setor atravessa por uma fase difícil e uma das razões é o preço do milho”, complementa. Para o diretor executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, o diferimento veio em boa hora. “Dá uma regulada no mercado”, avalia, considerando que o mecanismo ajudará a segurar o preço do milho produzido no Estado.
Na semana passada, segundo a Emater, o preço médio da saca do grão fechou em R$ 41,87. Há um mês, o preço médio da saca era R$ 36,89 e, há um ano, R$ 26,10. Neste ano, o Rio Grande de Sul, que já colheu 85% de sua safra, deve produzir 6,2 milhões de toneladas de milho. Em março, agroindústrias de aves e suínos retomaram a importação de milho da Argentina. Na ocasião, o setor comprou 100 mil toneladas ao preço médio de R$ 45 a saca.
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