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24/10/2016 – Aplicativos que contribuem para a defesa sanitária animal

O Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria desenvolveu um aplicativo para smartphones que contribui a organização de médicos veterinários que trabalham com equinos. A iniciativa, que tem o apoio institucional do Fundesa, permite que o profissional cadastre todos os criadores para os quais presta serviços. Além disso, pode arquivar e monitorar exames de mormo ou anemia infecciosa equina, realizar o controle de vacinas e medicamentos e até o trânsito dos animais, além de arquivar a resenha fotográfica do animal. “Em resumo, ajuda na execução de todas as exigências do Plano Nacional de Sanidade Equina”, explica o professor da UFSM, Enio Giotto.

O aplicativo chamado C7 Equídeos já está disponível gratuitamente para aparelhos com sistema Android. Nada impede, conforme o professor Giotto, que um sistema como este possa vir a ser utilizado, futuramente, pelo serviço veterinário oficial. “O programa tem função de transferência de dados, o que permitiria que a troca de informações entre os médicos veterinários e a Secretaria da Agricultura, por exemplo”, afirma.

Os equídeos não fazem parte do escopo do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal, que é composto pelas cadeias de aves, suínos e bovinos de corte e leite. Entretanto, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, explica que “qualquer iniciativa que contribua para um melhor entendimento da importância da sanidade para o campo precisa ser apoiada”.

Pontos de Risco

Outro aplicativo, que também conta com o apoio do Fundesa, deve ser lançado durante a Avisulat, que ocorrerá em Porto Alegre de 22 a 24 de novembro. Trata-se de um programa que vai contribuir para o levantamento de pontos de risco para sanidade animal no Rio Grande do Sul. “É um instrumento para médicos veterinários que atendem indústrias, propriedades rurais ou mesmo do serviço oficial, que atuam nas criações intensivas de aves suínos e bovinos”, explica Giotto.

A legislação de sanidade brasileira define o que são os locais de risco. Entretanto, nem sempre são pontos conhecidos das autoridades sanitárias. Conforme o professor, ao passar por um local – como um lixão, por exemplo – o profissional pode assinalar a localização, realizando o mapeamento e enviando para o serviço oficial. “Com muitos médicos veterinários transitando pelas mais diferentes localidades, podemos ter uma visão mais real sobre os pontos de risco do estado. Isso poderá contribuir para a elaboração de políticas públicas de prevenção”, afirma o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.