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22/11/2016 – Safras & Mercado: Parceria público-privada é essencial para controlar enfermidades

SAFRAS & MERCADO | ONLINE

Na visão da diretora geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Monique Eloit, que participou do AVISULAT 2016 – V Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios e Feira de Equipamentos, Serviços e Inovação, na Fiergs, em Porto Alegre (RS), a parceria entre o setor público e privado é essencial para o controle das enfermidades. “Não há um bom setor público sem o apoio do setor privado e vice-versa. Sabemos que a parceria é indispensável, mas é necessário trabalhar para que ela aconteça”, explica.

Eloit comentou que a ajuda pública para os investimentos em defesa agropecuária dos países ainda é muito limitada, embora tenha avançado com o decorrer dos anos, por conta dos enormes gastos que os países vêm enfrentando com o controle das enfermidades. “Apenas para ter uma ideia, o custo com a crise ocorrida no Reino Unido com os casos de febre aftosa em 2001 variou entre 25 e 30 bilhões de euros”, comenta.

Outro exemplo de gastos consideráveis com enfermidades ocorreu nos Estados Unidos, em 2015, por conta dos casos de influenza aviária, que superaram a casa de US$ 900 milhões, valor que considera apenas as finanças públicas. “Os países começaram a observar, pelo menos nos últimos 10 anos, que investir na prevenção de doenças tem um custo bem menor do que o desembolso necessário em um momento de crise”, analisa.

Eloit afirma que para a OIE existem três elementos que ajudam um país para melhor se preparar para uma emergência sanitária ou reincidência de uma enfermidade: a noção de bem público (para preservar investimentos públicos no campo da prevenção e da vigilância), a noção de que existe uma só saúde (a qual implica em uma cooperação de setores de sanidade animal e pública) e a boa governança sanitária (que implica em um reforço de capacidade de serviços veterinários, com uma cadeia de comando claro entre o governo federal, regional e local e o serviço veterinário).

A diretora Geral da OIE salienta ainda que entre as diretrizes de trabalho da entidade está garantir uma boa renda aos produtores, dar uma qualidade alimentar satisfatória aos produtos e proporcionar um avanço comercial entre os países.