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A diretora Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Monique Eloit, disse, em entrevista a jornalistas no AVISULAT 2016 – V Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios e Feira de Equipamentos, Serviços e Inovação, na Fiergs, em Porto Alegre (RS), que o Brasil se mostra bem preparado para o controle de enfermidades, por dispor de uma boa governança entre o setor público e o privado, o que faz com que todas as medidas de segurança tenham uma verificação e uma autenticação por parte das autoridades antes de serem implementadas.
Dentro desse pressuposto, Eloit, que esteve reunida ontem com o presidente Michel Temer, em Brasília (DF), acredita que o Brasil já dispõe de um bom conhecimento de seu território para controlar possíveis problemas relacionados à febre aftosa, o que garantiria a possibilidade do país se tornar completamente livre da doença até 2018. Ela lembra porém que se tratando da febre aftosa e também da influenza aviária, todo o detalhe de prevenção é importante. “Se um for deixado de lado, há um risco grande para toda a produção”, comenta.
Eloit, que ontem participou da entrega do primeiro certificado de compartimento livre de influenza aviária à empresa Cobb-Vantress no Brasil, disse que a medida é importante, pois a doença é extremamente contaginosa e exige medidas muito sérias para evitar uma contaminação. “Posso citar o caso de uma fazenda onde as construções eram fechadas, com alta segurança, mas que tinha o milho para alimentação no lado de fora. Pássaros selvagens contaminados com a influenza aviária tiveram acesso ao cereal e todos os animais dessa fazenda acabaram sendo contaminados por conta disso. Então todo cuidado é necessário”, conclui.