CORREIO DO POVO | RURAL | PÁGINA 9
As dificuldades de diagnóstico e combate ao mormo são comuns a todos os países onde há registros da doença. A diferença está na agilidade dos processos em cada lugar. Esta foi a principal conclusão da videoconferência que ocorreu ontem no encerramento do 2˚ Fórum Gaúcho do Mormo, realizado desde a quinta-feira na Universidade de Passo Fundo (UPF), e que reuniu pesquisadores do Brasil, Alemanha, França, Paquistão e Índia. “O que há é que alguns países já obtiveram autorização da Organização Mundial de Saúde (OMS) para aplicar o teste Elisa, exame sorológico muito mais rápido do que o método de fixação de complemento que utilizamos aqui”, explica Priscila Moser, coordenadora do Lanagro/RS, laboratório que se prepara para fazer o exame de confirmação do mormo no Estado e que vai adotar o Elisa tão logo este seja validado para o Brasil.
O coordenador do fórum, professor João Ignácio do Canto, diz que a intenção do evento, neste ano, foi justamente alinhar as políticas de erradicação do mormo atualmente em prática. “Precisamos buscar a conscientização de que o mormo não tem cura ou tratamento, que o que se pode fazer é trabalhar pela erradicação, que passa pelo abate do animal. Aqui no Estado isso ainda é um argumento para a resistência entre criadores”, lembra.