ZERO HORA | CAMPO ABERTO | PÁGINA 18
Os efeitos da mobilização dos auditores fiscais da Receita Federal, iniciada há uma semana, começaram a ficar mais visíveis nas aduanas do país. A Operação Padrão, com a vistoria total das cargas e não por amostragem, como o habitual, provocou filas de caminhões ontem no porto seco de Uruguaiana (foto) e espera de navios em Rio Grande. Entre as cargas retidas, estão toneladas de arroz encaminhadas para exportação e trigo e milho importados da Argentina.
Além da fiscalização mais rigorosa, é feita paralisação total de atividades nos escritórios e delegacias da Receita Federal – às terças e quintas. Cargas perecíveis e de medicamentos estão sendo liberadas prioritariamente.
Os auditores pedem o cumprimento do acordo de reajuste salarial, firmado em março, que prevê 21,3% de aumento parcelado em quatro anos.
– Mas o projeto sequer foi enviado ao Congresso. Se o governo não se posicionar, iremos aumentar a paralisação – projeta Edison Vieira, diretor de estudos técnicos do Sindifisco Nacional.
O Ministério do Planejamento informou ontem que começa a liberar hoje os projetos de lei referentes aos reajustes das categorias que fecharam acordo com o governo entre fevereiro e maio – incluindo os auditores fiscais.