JORNAL DO COMÉRCIO | AGRONEGÓCIOS | PÁGINA 13
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, assinou ontem em São Paulo uma instrução normativa que determina que criadores de aves tomem medidas para evitar a contaminação com a gripe aviária. Os produtores terão prazo de um ano para se adaptar às novas regras.
Entre as medidas que deverão ser tomadas está a instalação de telas, isolando os animais criados de aves silvestres em todos os locais de produção. Os criadores terão ainda de instalar arcos de desinfecção – equipamentos que fazem a descontaminação de veículos que transitam nas propriedades , e fornecer apenas água tratada com cloro para os animais.
Maggi enfatizou a importância da adaptação dos produtores. “Se entrar uma gripe aviária no Brasil, os nossos prejuízos serão incalculáveis”, acrescentou. Segundo o ministro, parte dos criadores já trabalha com o modelo previsto nas novas normas. A situação, porém, varia bastante entre os estados.
Os custos para adaptação ficarão a cargo dos agricultores. Maggi ressaltou, no entanto, que há financiamento para esse tipo de investimento dentro do Plano Safra.
O ministro disse que, ao tomar as medidas de segurança sanitária, os produtores vão abrir espaço no mercado internacional. “Setecentas mil toneladas não serão importadas de países que tiveram gripe aviária. Quem vai aproveitar é quem tiver produto para oferecer.” Francisco Turra, presidente executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), lembrou que o Brasil é o líder mundial na exportação de frango. “Reforçar o controle e a segurança fará com que a gente expanda ainda mais”, explicou.