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22/02/2017 – CP: Prevenção será ampliada

JORNAL CORREIO DO POVO | RURAL | PÁGINA 10

As granjas de aves terão de instalar telas de uma polegada nos criatórios, para protegê-los de animais silvestres, além de arcos de desinfecção para veículos e sistema de tratamento de água com cloro para abastecimento do plantel. Essas são algumas das medidas de prevenção à Influenza Aviária estabelecidas pela instrução normativa N˚ 10/2017, assinada ontem pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na sede da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em São Paulo. Os produtores terão um ano para se adaptar às exigências e, segundo o ministro, poderão contar com recursos dentro do Plano Safra para isso. A IN será publicada no Diário Oficial da União até o final desta semana.

O Brasil nunca teve registro de gripe aviária em seu território, mas um novo surto da doença em 2016, em países da Europa e na América do Sul, localizado em granjas do Chile, gerou o estado de alerta. “Setecentas mil toneladas não serão importadas de países que tiveram gripe aviária. Quem vai aproveitar é quem tiver produto para oferecer. O Brasil tem produtos para imediatamente suprir isso”, afirmou Maggi.

O presidente da ABPA, Francisco Turra, avalia que a medida do ministério valoriza um setor que representa 11% das exportações do agronegócio brasileiro, que geram receitas anuais de cerca de 7,5 bilhões de dólares. “O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango. Trinta e sete por cento desta proteína consumida no mundo sai dos aviários brasileiros. Com a normativa se aumenta ainda mais o grau de sanidade do setor avícola no país”, ressaltou.

O diretor executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, que participou das reuniões de elaboração do documento, diz que a normativa é mais uma passo no trabalho que o setor vem desenvolvendo desde 2006 no sentido de qualificar os aviários. “Mas é importante que o governo disponibilize recursos para as adequações, pois viemos de um período de crise econômica que trouxe dificuldades para toda a cadeia produtiva” destacou.

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