RÁDIO ESMERALDA | GERAL
A greve dos fiscais estaduais agropecuários entra no sexto dia com a notícia da extinção de um órgão que tem papel fundamental no agronegócio. A aprovação, do projeto de lei que extingue a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), representa um atraso na pesquisa estadual, lamenta a presidente da Afagro, Angela Antunes.
A Fepagro tem conexão direta com o trabalho dos fiscais, especialmente em função dos serviços de diagnóstico laboratorial, realizados pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor. Lá são feitos exames de diversas doenças, o que contribui para o controle de enfermidades e a proteção dos rebanhos. As pesquisas na área agronômica também contribuem para o desenvolvimento da produção vegetal. “Nunca vimos um projeto de tamanho desmonte e sucateamento do Estado. Fundações extintas, servidores desestimulados com salários parcelados e sem perspectiva de receber o 13º salário”, protesta Angela. Além da Fepagro, a Fundação de Pesquisa em Saúde e a Fundação Zoobotânica, também extintas nesta madrugada, têm ligação com o que acontece no campo. Por isso a dirigente lamenta todo o impacto que isso pode causar no setor que mais fomenta a economia gaúcha.
Paralisados desde a última sexta-feira, os fiscais estaduais agropecuários estão mantendo dezenas de Inspetorias de Defesa Agropecuária fechadas e postos de divisa funcionando em meio turno, bem como suspenderam o abate em estabelecimentos de inspeção estadual. Alguns abatedouros estão entrando na justiça para garantir a realização do trabalho. “Quando isso ocorre, o réu é o Estado, que deve resolver o problema levando algum fiscal de outra região para acompanhar os abates”, explica Angela.
A intenção da categoria é permanecer paralisada até o final da votação do pacote do Governo Sartori, em tramitação na Assembleia Legislativa.