DIÁRIO DE CANOAS | DC PET | PÁGINA 34
Câncer de mama é doença bastante comum em fêmeas
Estamos no Outubro Rosa, mês que lembra a importância de prevenir o câncer de mama. O alerta não vale apenas para as mulheres, que têm no autoexame o principal aliado no combate à doença. Cadelas e gatas também sofrem com o problema e dependem de seus tutores para garantir a saúde das mamas.
Segundo presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul, Rodrigo Lorenzoni, o câncer de mama é uma das doenças mais comuns em cadelas. As chances de o animal desenvolver os tumores aumentam caso não seja castrada e tenha acima de 6 anos, fase em que são consideradas idosas. “Não há predisposição racial para a doença. Ela aparece na espécie canina de forma geral”, avisa o médico veterinário, que lembra ainda o porte da cadela também não influencia no surgimento do câncer.
A idade avançada, aliás, exige cuidados redobrados, diz Lorenzoni. A obesidade é outro fator que deve ser observado. Os principais sintomas clínicos, de acordo com o profissional, são – além dos caroços na cadeia mamária – prostração, falta de apetite, febre e vômitos. “Quando a mascote apresenta este quadro é que o tumor está em fase bem evoluída. Para evitar chegar neste ponto e ter um diagnóstico precoce é importante visitar o médico veterinário com frequência e também observar o corpo do pet. “Durante o carinho é fácil observar se há alterações”, afirma.
Nas gatas, os tumores mamários são bem mais raros. Porém, muito mais agressivos. “Quando aparecem, são bem invasivos e perigosos”, comenta.
Castração, a grande aliada
O método de prevenção mais eficaz ao câncer de mama em cadelas e gatas é, sem dúvida, a castração precoce. Conforme o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Rodrigo Lorenzoni, quando feita antes do primeiro cio em cadelas, o risco reduz em mais de 90%. Após o primeiro cio, o índice vai para 85% e 88%. E após o segundo cio, fica entre 74%. Tanto cadelas quanto gatas podem ser esterilizadas a partir do sexto mês. Lorenzoni aconselha o tutor a conversar com o médico veterinário a partir do quarto mês sobre a cirurgia.
Já a grande vilã nessa história é a injeção contraceptiva, ainda muito usada por algumas famílias para evitar ninhadas indesejadas. “O câncer surge pela grande descarga hormonal. E esses medicamentos são bombas de hormônio.” Além disso, podem causar infecção uterina, a piometra.