A parte mais visível da mobilização dos auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil é a Operação Padrão nas aduanas. A retenção de cargas já provoca filas no Porto Seco de Uruguaiana e espera de navios em Rio Grande. No Terminal de Cargas do Aeroporto Salgado Filho, com o trabalho acumulado, a atividade levará até dez dias para voltar ao normal, caso o governo atenda logo os pleitos da categoria. Quanto maior a demora, maior será o acúmulo de cargas. “Nossa intenção é manter a mobilização até recebermos uma resposta do governo”, afirma o presidente da Delegacia Sindical de Porto Alegre, Marco Aurélio Baumgarten de Azevedo.
Além da Operação Padrão, ocorre a paralisação total de atividades nos escritórios e delegacias da Receita Federal. A mobilização ocorre às terças e quintas, mas o impacto provocado pela vistoria total de cargas – e não por amostragem, como é o habitual – faz com que as filas permaneçam nos demais dias. Cargas perecíveis e de medicamentos estão sendo liberadas prioritariamente.
Os auditores-fiscais pedem o cumprimento do acordo de reajuste salarial, firmado em março, que prevê 21,3% de aumento parcelados em quatro anos. A primeira parcela, de 5,5% já estaria vencendo em agosto.