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20/11/2016 – CP: Preços estagnados

CORREIO DO POVO | CORREIO DO POVO RURAL | PÁGINA 2

Custo do milho, principal componente da ração suína, disparou e nãofoi repassado pelos criadores ao mercado. Diante disso, expectativa é que consumidor pague o mesmo que noa no passado pelo quilo da carne

A evolução dos preços do quilo do animal vivo e da saca de milho ilustra os problemas enfrentados pela suinocultura em 2016 e justifica a cautela das entidades em fazer estimativas para o consumo da carne no final de ano. Na primeira semana de novembro, a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), apontou o preço de R$ 3,87 pelo quilo do suíno vivo. O valor é apenas R$ 0,02 centavos acima do praticado no mesmo período de 2015, de R$ 3,85. Na comparação entre as duas datas, no entanto, neste mês de novembro os suinocultores pagaram R$ 42,50 pela saca do milho, contra R$ 33,25 no mesmo período do ano passado. “Vivemos um ano difícil, em que o produtor precisou absorver gastos que não pode repassar na íntegra. Mesmo assim, acreditamos que o preço baixo do suíno ao consumidor e a qualidade da carne que produzimos vai garantir um desempenho razoável no final de ano”, analisa Valdecir Folador, presidente a ACSURS.

O dirigente explica que a criação de suínos é de ciclo longo e, por esta razão, o varejo não vai sentir os efeitos da crise do milho em 2016, pois os animais que serão vendidos para as festas fazem parte de planteis criados há pelo menos 10 meses. “A suinocultura é diferente da avicultura. Na criação de aves o produtor pode tomar a decisão de reduzir o número de animais para racionalizar custos e depois voltar, pois seu ciclo de produção é curto. Desistir de uma criação de suínos é bem mais complicado”, compara. Folador acredita que as consequências do que o setor viveu em 2016 serão sentidas no final do ano que vem.

O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips), Rogério Kerber, espera que o crescimento estimado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) para a carne suína na ceia de Reveillon, de 6%, se confirme. O executivo diz que neste ano está havendo retardo nas demandas à indústria. “O ritmo de pedidos tem menor intensidade que em anos anteriores, o que entendemos como normal diante da crise econômica que o país está vivendo”, ressalta. O Sips espera crescimento do volume de pedidos a partir da primeira semana de dezembro, quando começa a circular a primeira parcela do 13º salário. Quanto aos preços, Kerber afirma que o consumidor pode ser surpreendido positivamente. “A carne suína deve ser comercializada pelo mesmo preço do ano passado ou até ligeiramente mais barata”, anuncia.

Esta reportagem faz parte ma matéria especial do Correio do Povo Rural “Cautela nas Projeções”.

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