CORREIO DO POVO | PÁGINA 16
A Superintendência do Ministério da Agricultura do Rio Grande do Sul, mais uma vez, é palco de loteamento de cargos.
Às vésperas da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, o governo tenta desesperadamente garantir votos a seu favor. Para isso, utiliza-se de negociações infames, sem critérios técnicos, desconsiderando o setor agropecuário, e oferece – de bandeja – cargos importantes da República a políticos estranhos ao setor.
Para um governo desesperado vale tudo, até mesmo o loteamento de cargos técnicos de importância significativa à nossa agropecuária. A edição extra do Diário Oficial da união de 15/4 publica a nomeação de um nome do PDT, partido que é contra o impeachment.
A Delegacia Sindical RS do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários repudia o ato de nomeação de superintendente estranho ao setor agropecuário e, principalmente, alheio ao quadro técnico do MAPA. Fato que demonstra a irrelevância dada a um dos setores primordiais do nosso Estado. Setor que nacionalmente foi o único a crescer em 2015, 1,8% (IBGE).
Não desistiremos de buscar a nomeação de um FFA para a Superintendência gaúcha. Temos esperança de que a razão e os princípios constitucionais sejam, daqui em diante, referências para a construção de um país mais ético e focado na eficiência do setor público.
Porto Alegre, 18 de abril de 2016.
Delegacia Sindical RS do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários.