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A Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro/RS) alertou, neste sábado, para a possível falta de carne em frigoríficos em função da greve deflagrada pelos servidores gaúchos. Nessa sexta-feira, os fiscais decidiram cruzar os braços em protesto contra o parcelamento de salários e o pacote de ajuste fiscal encaminhado pelo governo Sartori. A greve foi aprovada para ocorrer até o fim da votação das medidas na Assembleia Legislativa, marcada para a próxima semana.
Segundo a presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul, Angela Antunes, a greve vai atingir frigoríficos que dependem da expedição da Guia de Transito Animal (GTA) e da presença de veterinários para o abate. “Mais da metade do abate de bovinos no Rio Grande do Sul é feita pelos fiscais agropecuários. A possibilidades de queda da (distribuição de) carne bovina é real”, advertiu.
O quadro de servidores é composto por cerca de mil servidores, entre médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, por exemplo. No Rio Grande do Sul há 120 frigoríficos habilitados junto ao governo gaúcho.
No interior, a recomendação da Afagro/RS é para que os servidores mantenham fechadas as Inspetorias de Defesa Agropecuária. Nos postos de divisa, o funcionamento deve se restringir apenas ao turno da manhã. Já o abate de animais em estabelecimentos de inspeção estadual fica mantido em 30%, conforme distribuição das regionais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação.